Armando Reverón en el documental de Margot Benacerraf (Venezuela, 1952).

Armando Reverón en el documental de Margot Benacerraf (Venezuela, 1952).


la rebelión consiste en mirar una rosa

hasta pulverizarse los ojos


Alejandra Pizarnik


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"Julio Cortázar: Reportagem e Carta" de viviana marcela iriart, fotos Eduardo Gamondés / Escritoras Unidas & Cía. Editoras, maio 2015






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"Um dia na minha vida é sempre uma coisa muito formosa, porque eu sinto-me muito feliz de estar vivo. Não tenho nenhuma intenção de morrer, tenho a impressão que sou imortal. Sei que não o sou, mas a idéia da morte não me molesta e também não tenho-lhe medo. Denego-lhe existência, então, isso me ajuda a viver de uma maneira, ¿como dizê-lo? Debaixo do sol, solar.

Eu estou muito feliz por estar vivo, e, além disso, há uma coisa na que pouca gente pensa. Acho que é um prodígio maravilhoso que todos nós sejamos seres humanos, que estejamos no mais alto da escala zoológica, por um azar puramente genético. Por que você não é responsável de ser quem é. Vimos de uma longa cadeia genética e quando vejo uma galinha ou uma mosca que também têm nascido das mesmas cadeias genéticas, maravilho-me por ser um homem e não uma galinha. Sou um homem, com tudo o bom e o mau que isso tem. E estou contente em ter tido uma consciência, de ter visto mais do que uma consciência pode ver do planeta. "


Julio Cortázar
Caracas Setembro 1979
Publicado na Revista Semana, Caracas, Novembro 1979

Tradução Alejandra Rodrigues